segunda-feira, 21 de março de 2011

O campeão brasileiro no fundo do poço

O excelente blog do Illan de hoje:

Dorival Júnior, Cuca, Levir Culpi, Renato Gaúcho, Abel Braga, Adilson Batista e agora, acreditem… Gilson Kleina.
O Fluminense é o clube que paga o maior salário do Brasil. Quem afirma não sou eu, e sim o próprio técnico que acaba de deixar do cargo.
E nem assim conseguiu fazer com que algum destes, nem todos do primeiro ou segundo escalão, aceitasse uma tentadora proposta para dirigir o campeão brasileiro. É seguro arriscar que nenhum deles – dentre os que estão empregados – ganha sequer metade do que poderia oferecer o Fluminense. Mas nem assim ficaram atraídos.
Preocupante e sintomático.
A imagem externa do clube sofreu gravíssimo arranhão. Um técnico muito bem pago saiu de forma pouco digna, é verdade. Mas jamais poderia sair atirando ostensivamente sem sequer ser contestado pelo presidente do clube.
Para quem vê de fora, não há outra leitura: se até o presidente admite que as condições são caóticas, quem poderá trabalhar assim? Quem vai largar estruturas organizadas, boas e estáveis condições de trabalho por um emprego que pretende compensar as muitas deficiências com um alto salário?
Que campeão brasileiro é este, que divulga uma discutível contratação de um técnico sem expressão nacional, e ainda passa o vexame de ter que voltar atrás, de ser preterido porque ele preferiu… A Ponte Preta??!
Que clube grande é este que, onze dias depois de saber que perderia o técnico e a poucas horas de uma decisão, não conseguiu contratar… Ninguém?
Desculpas de boas intenções não são suficientes. Ser honesto e bem intencionado são ótimas credenciais para um tesoureiro, um síndico de edifício ou um genro. Dizer – com razão – que a administração anterior também era ruim, não justifica. E ressalvar que o clube tem tido melhorias na área social, não vai colar. O Fluminense, como todo time de massa, não sobrevive sem o futebol.

E para dirigi-lo é preciso pulso, personalidade, competência administrativa, tomada de decisões, um pouco de malandragem e uma dose de talento. No mínimo.
Em apenas três meses e principalmente na última semana, os homens que (não) dirigem o Fluminense conseguiram a façanha de piorar muito o que já estava ruim.
Institucionalmente, a imagem do clube está no fundo do poço. É uma aula magna de doutorado em antimarketing.
Quando demitiu seu homem do futebol, o presidente Peter Siemsen disse que assumia toda a responsabilidade dali em diante, que se as coisas dessem errado podiam cobrar só dele.
Pois bem, não sei se foi presunção ou apenas uma frase profética.
O fato é que ele tinha muita razão.

2 comentários:

  1. Não sei o que é pior: O Flu contratar o Joel ou o Adilson - que rejeitou nossa proposta - aceitar ir para o botafogo.

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