Não há como negar que temos um patrocínio de cifras elevadas. Também não há como negar que a Unimed acreditou no time quando estávamos na fatídica terceira divisão do campeonato brasileiro.
Por outro lado, alguns pontos - que também são inegáveis - devem ser refletidos. Desde de 1999, quando o patrocinador começou a investir no amado FFC, a Unimed ganhou muito mais do que o Fluminense. Na sua estratégia de contratar grandes, e muitas vezes velhos medalhões, como Romário, Edmundo, Pet e até o atual Deco, a empresa saiu de terceiro plano de saúde do país para o primeiro lugar no ranking, disparadadamente.
Neste período, enquanto vencemos apenas 3 títulos cariocas, uma Copa do Brasil, nenhum brasileiro ou qualquer título continental, a patrocinadora chegou a ter retorno 40 VEZES do aplicado, como no ano de 2008, que disputamos a Libertadores da América. Isto é um fenômeno de aplicação e de marketing.
Existe uma estorinha para boi dormir que a grana do patrocínio tem que "entrar por fora". Ora, nós somos os campeão de dívidas nacionais, mas outros clubes devem muito também e recebem, e investem como bem entendem. No nosso caso, o presidente da patrocinadora investe como quer, ao ponto de ser confundido como Presidente do FFC.
Entretanto, muitos não sabem, que nas contratações de impacto feitas pelo patrocinador, quase todas sem consultar o Clube, o Fluminense arca com uns 20 ou 30% do salário, ficando o restante para a Unimed pagar como direito de imagem.
Como a patrocinadora oferece salários extratosféricos aos atletas "consagrados", não é difícil prever a parte que o Flu tem que arcar. Fora o salário, arcamos com o FGTS e multas recisórias, se for o caso. Por este motivo perdemos o Dalton. É como você ser desempregado, ganhar uma ferrari e não poder vendê-la. Só que o IPVA, seguro e tudo mais fica a seu cargo, o desempregado.
Vejam bem, não sou contra o patrocínio da Unimed, é importante deixar isto bem claro. Questiono apenas a maneira que ele é aplicado e a unimeddependência que muitos gostam de propagar, como se fossemos acabar se ela resolver sair do FFC. Esta é outra balela. A Unimed não pode sair quando bem quiser, existe um contrato em vigor. Outra situação que questiono é qual o legado que a patrocinadora tem deixado até o momento para o Fluminense. Será que não seria melhor investir em Xerém o exagerado salário pago ao Belleti? Contratação esta que o Fluminense teve que engolir goela a dentro.
E sobre o tão sonhado estádio. Não poderíamos ter uma Arena moderna, projetada para um público de 30 mil pessoas, fazendo desta Arena um verdadeiro caldeirão? E isto tudo com o investimento do nosso grande e atualmente rico patrocinador?
Podemos, ou melhor, poderíamos. Vejam a matéria publicada hoje no excelente site Netflu:
Muitos torcedores do Flu ainda sonham com a Arena Tricolor ou Flunimed Arena, apesar da possibilidade do Maracanã voltar a ser a casa do clube das Laranjeiras, depois das reformas para a Copa do Mundo e Olimpíadas.
No Rio, a patrocinadora do clube, por sua vez, não estaria medindo esforços para construir um Centro de Treinamento moderno, como deseja o técnico Muricy Ramalho. Além disso, a ideia de um estádio, que sempre foi tema presente na torcida, não chegou a ser posto em pauta.
Neste cenário, segundo o Lancenet, a Unimed paulista entrou com força nos custeios de um moderno estádio para um clube de futebol do país. Mas esse clube não é o Fluminense. A sede de SP da empresa de planos de saúde, que já tem contrato de patrocínio nas costas da camisa do Palmeiras, está na frente para fechar contrato de naming rights da Arena Palestra Itália. O portal noticia ainda que a empresa deve investir cerca de R$65 milhões para atrelar a marca ao nome do estádio por um período de sete anos.
Vale ressaltar que com a vitória de Peter Siemens, leia-se Flusócio, a Unimed continuará a "dirigir" o Clube por mais 3 ou 6 anos. Bom, nossas crianças devem se contentar com mais um ou dois títulos cariocas neste período.
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Amanhã, sábado, todos ao Clube para tomar uma cervejinha antes do jogo e depois assistir mais uma vitória.
