Mais de 1.000 tricolores compareceram ao sensacional evento - e nunca antes realizado - para homenagear os jogadores do primeiro título brasileiro do FFC.
“Hoje, não estamos fazendo política; estamos fazendo história”. Com essa frase, Julio Bueno resumiu a emoção e a magnitude do evento organizado pelo grupo Transforma Flu para celebrar, no sábado (18/09), os 40 anos da conquista do Campeonato Brasileiro de 1970 (Taça de Prata) pelo Fluminense Football Club. O encontro reuniu centenas de sócios que, mesmo sob chuva forte, cantaram o hino tricolor e gritaram os nomes dos craques que integraram a equipe, além de ídolos de outras gerações vitoriosas do clube desde a década de 1950.
Um dos pontos altos da festa foi quando Waldo, maior artilheiro tricolor de todos os tempos, colocou seus pés nos moldes para eternizar seu nome na Calçada da Fama do Maracanã. Aos 76 anos e há 50 anos sem visitar o Brasil, o ex-jogador falou emocionado, misturando espanhol e português.
– Fiquei surpreso e estou mareado de tanta homenagem. Depois de tanto tempo fora, eu não podia esperar tanto. É mais do que eu merecia. Estou mui agradecido, mui contente de saber que o Fluminense ainda lembra de mim. É mais do que a glória de um jogador – agradeceu Waldo.
- Esses homens fazem parte da minha vida, da vida de todos os tricolores, da vida do nosso clube. Nunca tinham recebido um reconhecimento desses e, agora, tivemos a felicidade de promover esse evento. Hoje, não estamos fazendo política; estamos fazendo história – afirmou Julio Bueno, após discurso em que não pediu votos ou fez campanha, mas recordou diversos lances de cada time presente e concluiu - O patrimônio líquido do Fluminense hoje é negativo. Se vender tudo o que tem, não paga a dívida. Mas aí não está colocada a sua marca, que é o mais importante patrimônio do clube. E a marca é baseada em dois pilares: sua história, aqui representada por vocês, jogadores, e a nossa torcida.
A quadra central do Fluminense, alugada para o evento pelo Transforma Flu, foi inundada por um mar de camisas laranjas de apoiadores da candidatura de Julio Bueno e também por sócios tricolores que foram ao clube no sábado e aproveitaram o encontro para tietagem dos ídolos.
- É tanta emoção, após 40 anos, que não tenho como colocar para fora. Vocês não imaginam como estamos. Ver Assis, Samarone, Lula, Marco Antônio. Reencontrar pessoas que pensei que não veria mais. Alguns com cabelos brancos, mais gordinhos. E ainda conversar com torcedores, pessoas que não tínhamos contato dentro de campo e que recordam lances, dizendo que fomos importantes para suas vidas – falou um emocionado Galhardo.
A emoção deu o tom na quadra aos gritos de “Nense”, quando craques da Taça de Prata foram chamados um a um e reunidos no palco: Felix, Galhardo, Assis, Flávio Minuano, Marco Antônio, Peri, Samarone, Lula, Mickey, Silveira, Jair Ganso e Jorge Vitório, representado por seus filhos.
Em seguida, foram convocados integrantes da Máquina Tricolor, como Carlos Alberto Pintinho – vindo de Sevilha, na Espanha, para o evento –, Paulo César Caju, Manfrini, Gil, Edinho, Rubens Galaxe, Rodrigues Neto e Nielsen.
Outros homenageados presentes foram ídolos do tricampeonato de 83/84/85, como Duílio e Aldo. Campeões de 1959 ao lado de Valdo, os craques Escurinho, Pinheiro, Jair Marinho, Jair Santana e Altair também receberam o carinho e o reconhecimento no evento, assim como o técnico Carlos Alberto Parreira e o ex-presidente do clube Francisco Horta.
- Acho excelente esta iniciativa. É uma oportunidade de rever jogadores que não via há 15 ou 20 anos. É um privilégio poder encontrá-los aqui. Só por isso já vale a festa, independentemente da política no clube. Eu não via o Galhardo há uns 20 anos. É um reconhecimento a todos esses grandes jogadores que fizeram a história do clube – avaliou Parreira.
A História é de todos os tricolores. Eventos como este somente dos que possuem visão e competência para realizar.
fonte: http://www.transformaflu.com.br/
João Alberto
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